Filosofia Moderna

Os séculos XVII e XVIII foram um dos períodos mais criativos da história da filosofia. Esta cadeira, focada nesse período, centra-se nos filósofos que mais o marcaram: Descartes, Espinosa, Leibniz, Locke, Berkeley, Hume e Reid, entre outros. Combina-se o estudo de textos destes filósofos com a sua apreciação crítica à luz de desenvolvimentos contemporâneos. Os temas abordados serão sobretudo de metafísica, mas a epistemologia e até a ética e a estética não ficam de fora.

Entre os temas mais salientes, contam-se os seguintes:

Substância

O que é uma substância, isto é, uma coisa individual propriamente dita? Será apenas um agregado de propriedades coexistentes? Ou será algo mais complexo, isto é, um certo agregado de propriedades e o «suporte» dessas propriedades, o seu «substrato»? E que substâncias existem? Terá Espinosa razão ao afirmar que existe uma só substância? Ou terá Berkeley razão, quando nega a existência de substâncias corpóreas?

Identidade pessoal

O que faz de nós a mesma pessoa ao longo do tempo? Será a memória, como sugere Locke? Ou dependerá a identidade pessoal da «mesmidade» de alma, como defenderam os filósofos mais ortodoxos? Seja como for, terá a identidade pessoal importância prática?

Deus

Será a existência de Deus demonstrável, como julgam Descartes e Leibniz? Ou terá Hume razão no seu cepticismo quanto às provas da existência de Deus?

Causalidade

No que consiste a relação entre uma causa e um efeito? Será que, como sugere Hume, a causalidade se reduz a «conjunções constantes», isto é, regularidades naturais? Ou será que, como argumenta Reid, esta concepção de causalidade é demasiado redutora?

Mente e corpo

Como se relaciona a mente com o corpo? Serão estes substâncias distintas, como defende Descartes? Nesse caso, como poderão interagir causalmente?

Conhecimento

Terá Descartes, com a sua dúvida metódica, encontrado uma forma de superar o cepticismo? Ou será que, como sugere Reid, a epistemologia cartesiana acaba antes por conduzir ao cepticismo?

Percepção

Será que os objectos imediatos da percepção são «ideias» que representam objectos materiais? Contra esta perspectiva, predominante entre os filósofos modernos, Reid alega que percepcionamos directamente objectos materiais. Terá ele razão? Como entender a diferença entre qualidades primárias, como a forma e o peso, e qualidades secundárias, como a cor e o som?

Valor

Segundo Hume, as distinções morais derivam não da razão, mas de um «sentido moral». O que significa isto? E será isto verdade? Certos objectos têm qualidades estéticas. Qual é a natureza dessas qualidades?

  • PEDRO GALVÃO

    Professor Auxiliar

  • CURSO

    Licenciatura (1.º ciclo)

  • ÁREA

    Filosofia

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