Tendo crescido com fontes de informação online, muitos dos utilizadores não distinguem entre sites de informação académica e científica e sites de divulgação e não valorizam o material revisto por pares. Correm, portanto, o risco de não utilizar nos seus trabalhos académicos e de investigação documentos de qualidade. Cabe, pois, ao profissional da informação alertar para este facto e ajudar os utilizadores na pesquisa, descoberta e recuperação de informação relevante e de qualidade.
A recuperação da informação assume aqui um papel fundamental. Os sistemas de recuperação de informação devem, pois, representar o conteúdo dos documentos e apresenta-lo aos utilizadores de maneira que lhes permita uma rápida seleção dos itens que satisfaçam as suas necessidades de informação formalizadas através de uma expressão de pesquisa.
O bibliotecário assume atualmente uma dupla função: de formador e de facilitador. Enquanto formador o bibliotecário passa a reconhecer as necessidades dos utilizadores, antecipando-as e ajudando-o na definição e realização das pesquisas, recuperação e avaliação da informação bem como na avaliação os resultados. Com os recursos online, o bibliotecário passa a realizar sessões de formação quer na biblioteca quer no espaço da aula interagindo com docente e alunos.
Enquanto facilitador, o bibliotecário trabalha de perto com os utilizadores no sentido de facilitar o acesso à informação através do uso e aplicação de boas práticas e procedimentos de pesquisa, pondo em prática standards de competências em Literacia da Informação de organizações internacionais como a IFLA (Lau, 2006), ACRL dos Estados Unidos (ACRL, 2000, 2010), SCONUL do Reino Unido (SCONUL, 2011) e, na Oceânia, a ANZIL da Austrália e Nova Zelândia (Bundy, 2004).
O que se pretende, é que os alunos desenvolvam uma série de competências ao nível da recuperação e avaliação da informação que os ajude não só no seu desempenho enquanto alunos, mas sobretudo enquanto futuros profissionais da informação.
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